... bom, hoje vamos discutir um pouco sobre a relação que há entre música e internet. Que tal?
É comum hoje em dia, associarmos o gênero musical a fatores tecnológicos. Isso se deve ao fato da geração atual ser totalmente dependente das novas mídias e modernidades, e é de praste que os jovens liguem não só o gênero musical, mas quase tudo à tecnologia.
Imagine só, seu amigo te liga e diz que ouviu uma música nova muito bacana. Daí você pergunta: - Diz ai. Como chama a tal música? Ele, super animado responde: - Florentina de Jesús! Bom, até aí tudo bem.
Qual seria sua primeira reação quando desligasse o telefone? (seus olhos iam brilhar como suas bolas de gude lustradas, mas além disso...) Com certeza você iria abrir o 4shared, o Ares, o Emule... e iria jogar na barra de pesquisa: Florentina de Jesús. Após 3 segundos de pesquisa, iriam aparecer os seguintes resultados: (Tiririca, pior que ta não fica – Florentina Florentina, Sexo com ninfetas (+18) e Tropa de Elite 2 Full HD com Legenda em russo). Você faria o download da música e iria dançar durante toda a noite, com certeza.
Agora vamos supor que você não tivesse internet. Como você faria? (não faria, porque você é preguiçoso!) Teria que comprar um CD, ou talvez rezar pra sua música favorita tocar na rádio, na hora que você estivesse ouvindo, e na estação que você estivesse conectado. Difícil não é?
Bandas atuais não hesitam na hora de escolher seu meio principal de divulgação. Existem sites que são criados exclusivamente para a divulgação de bandas, como por exemplo, o Palco Mp3, o Oi Novo Som, o Trama Virtual, etc. Ultimamente, outra maneira muito comum é a utilização de redes sociais. O Myspace e o Twitter são os dois campeões de divulgação, musicalmente falando, entre as redes sociais.
Mais recentemente, alguns grupos musicais foram “revelados” pela internet. São eles: Restart, Cine, Strike... A partir dos sites de divulgação, a banda pode expor seu trabalho, colocar suas músicas próprias pra download, fotos, divulgar eventos da banda, etc...
A internet porém não é um recurso totalmente aceitado por todos os músicos. Algumas bandas, por exemplo, são contra a livre distribuição das faixas de direito autoral, e isso causa certo transtorno, porque nem mesmo o BOPE poderia impedir que qualquer música do mundo caísse na internet sob livre acesso (pede pra sair música, pede pra sair, pede pra sair! Você é uma fanfarrona!)
Bom, acho que disso todo mundo já sabe, agora, como será que funcionava a divulgação sem as tecnologias? A dupla José de Lima Sobrinho e Durval de Lima, por exemplo, gravou seu primeiro disco oficial no ano de 1970, nomeado “Galopeira”. Foram vendidas 10 mil cópias do CD, que foi o primeiro sucesso da dupla. Já os sertanejos José Divino Neves e Luiz Felizardo só conseguiram gravar seu primeiro álbum no ano de 1998, chamado “O amor supera tudo” (menos chifre de cantor sertanejo). Eu já ia me esquecendo. Respectivamente, os cantores que não gostam de seus nomes e inventaram nomes artísticos são: Chitãozinho e Xororó e Rionegro & Solimões (aqueles da dança do retardado: bate a mão, e bate o pé, bate o pé, bate o pé, bate o pé, bate o pé... ta, chega).
Até mesmo o nosso bixinho mó rei (baiano) Gilberto Gil, se entregou a tecnologia cibernética (não confundam com o robocop gay dos mamonas assassinas) e criou uma música chamada “Pela internet”. Aí vai um trecho da música chata:
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleja ...(2x)
Que veleje nesse informar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé
Coitado do Gilberto, temos que avisá-lo que única função de disquete hoje é abrir a caixinha preta e fazer um disco voador com o disco radioativo que tem lá dentro.
Então, é isso aí. Aqui vai mais um post sem noção, sem sentido, e falando um monte de coisas que todo mundo já sabe. Beijos e fiquei com Deus. Até a próxima.