27 de outubro de 2010

... a música, a banda e a internet. O mais novo conto de fraldas da carochinha.

... bom, hoje vamos discutir um pouco sobre a relação que há entre música e internet. Que tal?
            É comum hoje em dia, associarmos o gênero musical a fatores tecnológicos. Isso se deve ao fato da geração atual ser totalmente dependente das novas mídias e modernidades, e é de praste que os jovens liguem não só o gênero musical, mas quase tudo à tecnologia.
            Imagine só, seu amigo te liga e diz que ouviu uma música nova muito bacana. Daí você pergunta: - Diz ai. Como chama a tal música? Ele, super animado responde: - Florentina de Jesús! Bom, até aí tudo bem.
Qual seria sua primeira reação quando desligasse o telefone? (seus olhos iam brilhar como suas bolas de gude lustradas, mas além disso...) Com certeza você iria abrir o 4shared, o Ares, o Emule... e iria jogar na barra de pesquisa: Florentina de Jesús. Após 3 segundos de pesquisa, iriam aparecer os seguintes resultados: (Tiririca, pior que ta não fica – Florentina Florentina, Sexo com ninfetas (+18) e Tropa de Elite 2 Full HD com Legenda em russo). Você faria o download da música e iria dançar durante toda a noite, com certeza.
            Agora vamos supor que você não tivesse internet. Como você faria? (não faria, porque você é preguiçoso!) Teria que comprar um CD, ou talvez rezar pra sua música favorita tocar na rádio, na hora que você estivesse ouvindo, e na estação que você estivesse conectado. Difícil não é?
            Bandas atuais não hesitam na hora de escolher seu meio principal de divulgação. Existem sites que são criados exclusivamente para a divulgação de bandas, como por exemplo, o Palco Mp3, o Oi Novo Som, o Trama Virtual, etc. Ultimamente, outra maneira muito comum é a utilização de redes sociais. O Myspace e o Twitter são os dois campeões de divulgação, musicalmente falando, entre as redes sociais.
            Mais recentemente, alguns grupos musicais foram “revelados” pela internet. São eles: Restart, Cine, Strike... A partir dos sites de divulgação, a banda pode expor seu trabalho, colocar suas músicas próprias pra download, fotos, divulgar eventos da banda, etc...

            A internet porém não é um recurso totalmente aceitado por todos os músicos. Algumas bandas, por exemplo, são contra a livre distribuição das faixas de direito autoral, e isso causa certo transtorno, porque nem mesmo o BOPE poderia impedir que qualquer música do mundo caísse na internet sob livre acesso (pede pra sair música, pede pra sair, pede pra sair! Você é uma fanfarrona!)
        Bom, acho que disso todo mundo já sabe, agora, como será que funcionava a divulgação sem as tecnologias? A dupla José de Lima Sobrinho e Durval de Lima, por exemplo, gravou seu primeiro disco oficial no ano de 1970, nomeado “Galopeira”. Foram vendidas 10 mil cópias do CD, que foi o primeiro sucesso da dupla. Já os sertanejos José Divino Neves e Luiz Felizardo só conseguiram gravar seu primeiro álbum no ano de 1998, chamado “O amor supera tudo” (menos chifre de cantor sertanejo). Eu já ia me esquecendo. Respectivamente, os cantores que não gostam de seus nomes e inventaram nomes artísticos são: Chitãozinho e Xororó e Rionegro & Solimões (aqueles da dança do retardado: bate a mão, e bate o pé, bate o pé, bate o pé, bate o pé, bate o pé... ta, chega).
            Até mesmo o nosso bixinho mó rei (baiano) Gilberto Gil, se entregou a tecnologia cibernética (não confundam com o robocop gay dos mamonas assassinas) e criou uma música chamada “Pela internet”. Aí vai um trecho da música chata:

Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleja ...(2x)
Que veleje nesse informar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki do meu orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipé

            Coitado do Gilberto, temos que avisá-lo que única função de disquete hoje é abrir a caixinha preta e fazer um disco voador com o disco radioativo que tem lá dentro.
            Então, é isso aí. Aqui vai mais um post sem noção, sem sentido, e falando um monte de coisas que todo mundo já sabe. Beijos e fiquei com Deus. Até a próxima.

... o cenário atual. Musicalmente falando, claro!

     ... bom, vamos falar um pouco de música. Na verdade esse Blog só fala de música, mas hoje não, nós iremos falar de música! (cala boca Gabriel)
     Quando uma pessoa comum liga o seu radinho de pilha, celular, micro system ou seja lá onde for que você ouve rádio, numa estação nomeada de rádio jovem, assim como a Jovem Pam, a 98 fm e a rádio Mix, ela tem como intenção principal ouvir músicas novas, senão ela ajustava na Brasileiríssima, ou no Good Times. Enfim, brincadeiras a parte, todo ouvinte de rádio busca uma aleatoriedade musical, diferentemente do que acontece em um CD, onde todas as faixas pertencem à um mesmo artista (tirando coletâneas, claro).
     As rádios fazem seu repertório diário baseadas em sucessos momentâneos e históricos, dando mais valor pra o que é atual, obviamente. Porém, o problema maior é que não há uma variedade tão grande de sucessos jovens assim, o que provoca uma enorme repetição de músicas durante a semana, o dia, e até mesmo no programa que está sendo transmitido.Quantas vezes você estava ouvindo aquela música irritante, sem letra alguma, cheia de batidas irritantes, e que estava te desconcentrando no volante, e quando foi trocar de estação, a outra rádio tocava exatamente a mesma @#!$% de música!?
     Bom, mas vamos parar de revolta e falar do que eu propus no título do post, e pra melhorar, vamos falar só de música nacional. Como todos sabem, a moda dominante jovem atual é o Power Pop. O Power Pop é um estilo musical direcionado para os jovens (crianças, recém-nascidos, espermatozóides ... brincadeirinha) e tem como atuais representantes de peso as bandas: Restart, Hevo 84, Cine, Strike, etc. A febre atual porém tem uma certa história. O Fresno e o Nx Zero, por exemplo, podem ser considerados como pais do estilo atual (resta saber quem é o pai e quem é a mãe). 
     Na década de 1970, surge no cenário nacional o tatatatatatatatataravô do power pop, o músico Raul Seixas, e como ele a banda Secos e Molhados. Já na década seguinte, inspirados em Raul, surgiram bandas como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha, Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso, tocando um estilo no qual poderia se denominar Pop Rock. O estilo evoluiu, e com ele, surgiram as bandas Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu e Skank, os avôs do power. 
     A partir do ano de 2006, bandas como CPM 22, Detonautas Rock Club, etc, começaram a ganhar espaço no cenário nacional, o que trouxe um certo espanto imediato, por não se valorizar tanto o som mais underground em que eles consistiam. Partindo desse princípio, novas banda começaram a ver o sucesso do estilo mais punk e começaram a criar um estilo paralelo, baseado no sentimentalismo musical. Por exemplo, o Nx Zero, o Fresno, o Hateen, etc. O estilo denominado EMO pelos críticos terrorista fanáticos muçulmanos do Sudão (brincadeirinha) fez um sucesso estrondoso durante muito tempo, porém, o estilo começou a perder força, e aí que ... - O que é aquilo? - É o Super Homem? - São as meninas super poderosas? - NÃO! É O POWER POOP! Surge um estilo novo que também é baseado em sentimentalismo, mas as músicas são animadas, bem fundamentadas e pra cima. O que chama atenção pro sentimentalismo é a maneira de vestir e de agir. Bom, também vão ter muitos iraquianos fanáticos terroristas criticando, mas a verdade é que o Restart, por exemplo, ganhou praticamente todas as premiações em que participou no ano de 2010.
     Bandas que 'ficaram para trás' então tiveram que mexer seus pauzinhos para continuarem sendo vistas com bons olhos. O Fresno e o Nx Zero gravaram novos CD's, dessa vez com um som pesado e agressivo, muito mais politizado e inteligente. E tem funcionado! Não são mais os únicos do topo, mas desde que o Pop Rock surgiu, esse estilo vem se dividindo entre sub categorias, mas felizmente, todas tem conseguido manter seus ouvintes.
   Então, é isso aí! (não! Ana Carolina não!). Acompanhem o blog, espero que gostem. Beijos e Abraços! Ah, e ouçam Power Pop, sem preconceito! Ouçam o som, e não critiquem as pessoas e a maneira delas se vestirem.